domingo, 8 de fevereiro de 2009

A Crise como Desafio à Economia Política



Enquanto se desenrola o jogo da velha lógica da política entre partidos e movimentos que, centrados no seu próprio umbigo, repetem à exaustão as suas divergências tantas vezes pouco evidentes, a crise transversal em que desembocou o mundo financeiro e a economia global persiste, deixando ao critério político um repto a que é preciso responder de forma adequada. Atónitos, políticos, gestores, economistas e empresários correm o risco de perder demasiado tempo por excesso de precaução, num esforço inglório de auto-defesa dos seus interesses e princípios... porque a complexidade do problema implica, não só uma profunda reorganização económica como também uma estrutural revisitação ideológica. Perante o choque que a realidade representa para quem se pensava confortável no sistema, o desafio é maior do que a capacidade de o pensar... e é urgente pensá-lo porque, depois das soluções de emergência com que se vão organizando pequenas respostas imediatas através dos planos contra a crise, não podem reproduzir-se as lógicas e os modelos cujos efeitos estão à vista... No que respeita ao nosso país, vale a pena ler Nuno Ramos de Almeida e João Correia Pinto, respectivamente, no Cinco Dias e no Politeia, cujos textos reflectem o estado da arte em Portugal.

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