quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Perguntas do dia... entre uniões, liberdade, morte e discriminação!


Porque será que, em Portugal, todas as questões que introduzem a mudança, seja na prática ou, simplesmente, no debate que faz agenda, são catalogadas como "fracturantes"?... desta vez, as questões são do foro pessoal, não interferem na liberdade individual de ninguém e assinalam preocupações dignas de um espírito democrático... falo do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e, por exemplo, da eutanásia... para além da resistência cultural previsível em determinados sectores da sociedade portuguesa, será possível que, apenas e só, sejam relevantes, nestes casos, as opiniões dos seus opositores? Não será possível um debate onde a escolha e a opção promovam a não-discriminação e os direitos dos indíviduos, independentemente dos que tenham, à partida, decidido nunca optar por tais possibilidades? Que liberdade e capacidade de respeitar o "outro" tem uma sociedade que promove valores que impedem a liberdade de outros, quando essa liberdade os não prejudica?... E como pode, por exemplo, a Igreja, num Estado laico, apesar de, posteriormente, ter dito não pretender interferir na vida política nacional, pronunciar-se de tal modo que viabiliza a sua associação à condenação dos actos de liberdade dos cidadãos ou, em última análise, do seu direito à escolha?

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