sábado, 17 de outubro de 2009

The Great Generation...



Fazer da Pobreza um dado do passado é o apelo de Nelson Mandela que afirma ser esse o combate necessário para que a nossa geração seja reconhecida como capaz de resgatar o que, sendo obra do Homem, nos não dignifica... Seria de esperar que os objectivos do Milénio fossem, de facto, compromissos... e que Governos, Organizações e Cidadãos se empenhassem na luta comum, silenciosamente subjacente, ao sentido do termo: Humanidade!... O próximo ano, 2010, será, mais uma vez, Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza... porém, desta vez, não podemos ficar pela sensibilização para o problema... porque, como diz Mandela, a fome e a pobreza não se combatem com palavras mas, sim com Acção... Coragem - diz ele, referindo-se aos políticos e governantes de todo o mundo: "Tenham coragem"...

4 comentários:

  1. Olá, Ana
    Boa ocasião para mencionar G. le Bon "As verdadeiras transformações históricas não são as que nos impressionam pela sua grandeza ou violência. As únicas mudanças importantes, aquelas de que decorre a renovação das civilizações, operam-se nas opiniões, nas concepções, nas crenças, os acontecimentos memoráveis são os efeitos visíveis das invisíveis alterações nos sentimentos dos homens" (in, Psychologie des foules). A acção é o problema, tendo os políticos e governantes, uma responsabilidade acrescida...Também operações humanitárias, como a da Cruz Vermelha, têm de abandonar o paradigma de agir para reunir "donativos" ( a lógica deveria ser inversa) – enfim, foi só uma "deixa". Abraço

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  2. Jeune Dame,

    Foi mesmo oportuna e adequada a citação de Gustav Le Bon... perfect, dear! ... e, diga-se em abono da verdade e apesar de tudo: não podemos descansar a consciência nas "Cruzes Vermelhas" deste mundo porque a realidade é demasiado grave para que a deixemos sujeita aos condicionalismos do voluntarismo abnegado dos que o podem exercer e que, sabemo-lo bem!, são sempre, por muito que tentem, poucos para agir na proporção exacta das necessidades dos povos e dos cidadãos... boa "deixa", minha amiga! Obrigado :) Um grande, grande abraço!

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  3. Faço meu, o teu, o de Mandela (e o apelo de muitos), especialmente porque ainda há 40 anos as crianças portuguesas, nas quais incluo o meu pai, eram descriminadas, paupérrimas e iletradas.
    Portugal mudou um pouco, mas o mundo lá fora (em algumas partes do glbo) ainda continua a ser o Portugal dos anos 50 e 60.
    Mas as palavras de homens como Mandela não chegam é necessário que as novas gerações percebam o que as rodeia, o mundo em que estão inseridas, as necessidades dos outros.
    A minha geração está a errar, os nossos filhos, cheios de novas tecnologias e a quem nada falta (os ocidentais claro) não reconhecem este outro mundo que nos preocupa e que preocupa homens como Mandela, ou como Mário Mota Marques.
    Estamos a deixar os nossos filhos muito na Net em sites sociais e a conversar pouco com eles.
    Os avós deixaram de lhes contar as suas experiências e as suas dificuldades e enchem-nos de tecnologia de ponta, para compensar o que não tiveram. E eles tem sobre a vida a ideia de que todos têm tudo, de que tudo podem e de que nada custa a conquistar.
    Estamos a criar a geração sem valores morais ou sociais. Estamos a educar (sem educar) a geração do vale tudo para se ser mais rico, se ter mais e maiores carros, mais e melhores roupas ou casas.
    Estamos a educar cidadãos sem ideologia politica, cultural ou humana.
    Nós a geração que em Portugal quis fazer a diferença, estamos a percorrer um caminho que nem os nossos pais (iletrados) percorreram.
    A par de tentarmos ajudar o resto do mundo (que bem necessita) temos urgentemente de ajudar os nossos filhos a encontrar o caminho correcto.
    Para que o Mundo tenha futuro.
    Pela minha parte, como diz um amigo meu, dou “seca” até nos filhos alheios!

    Bjs e obrigado pela luz que esta Candeia “alumia”

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  4. Querida Lurdes,

    Obrigado pelas tuas sentidas, calorosas e verdadeiras palavras. Criámos de facto um mundo que não faz jus ao que a nossa geração sonhou... agora, resta-nos persistir e ir semeando o que ainda nos é possível e vale-nos a alegria de assistirmos ao seu medrar em terreno fértil - a Beatriz que me perdoe esta associação com as técnicas agrícolas :)
    Volta sempre e escreve, Lurdes... precisamos todos de mais e mais luz.
    Beijos :)

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