segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Leituras cruzadas...

Enquanto se desenvolvem as investigações sobre as faces mais ou menos ocultas do poder que grassam pelo nosso pobre país enquanto a Europa se debate com problemas que, cedo ou tarde, terão continuidade em impasses para os quais o funcionamento institucional da UE não está devidamente preparado (vale a pena ler os textos de António Serzedelo no Vidas Alternativas), o mundo celebra uma das mais simbólicas quedas do mundo contemporâneo: a do Muro de Berlim que, há 20 anos e por 28 anos, dividiu, política e militarmente, o espaço europeu. A data, 9 de Novembro, regista, entre nós, interessantes comentários, díspares é certo mas, sintomáticos do enriquecimento que significa a pluralidade democrática (vejam-se os textos de João Pinto e Castro no Jugular, de Pedro Correia no Delito de Opinião, de Daniel Oliveira no Arrastão, Vitor Dias no O Tempo das Cerejas, João Pedro Dias no Câmara dos Comuns, Raimundo Narciso no PuxaPalavra, Carlos Barbosa de Oliveira no Crónicas do Rochedo e João Tunes no Água Lisa* ).
Entretanto, como bem se demonstra numa leitura rápida do noticiário seleccionado pelo SOS Racismo, continuamos a construir outros muros por todo o lado (leia-se a reportagem da BBC transcrita pelo Forum Palestina) até que esteja interiorizada politicamente a noção de que a Educação é que construirá a Cultura de Cidadania de que todos e as novas gerações em particular, precisamos (vale a pena reflectir sobre o texto de Paulo Querido no Certamente) para que o planeta sobreviva às dicotomias que a História já demonstrou contraproducentes e ineficazes para a gestão humanizada da organização económico-social... porque, com uma economia de mercado em plena crise (leia-se o texto de João Rodrigues no Ladrões de Bicicletas) a reeditar a reflexão urgente sobre valores e ideologias mas, em relação à qual se não registam respostas desassombradas e corajosas, capazes de se inclinarem humildemente perante as lições da História, temos ainda, passe a expressão, "muita pedra para partir"... resta-nos desejar que o preço não custe a vida ao futuro!
(Nota: o texto de João Tunes foi inserido neste post posteriormente à data inicial da sua publicação)

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