quarta-feira, 14 de abril de 2010

O PS e as Presidenciais - a notícia que tardava em chegar


De facto, tardava já em chegar a notícia de que a candidatura presidencial de Manuel Alegre contará com o apoio do Partido Socialista (ver Aqui)... Ainda bem!... porque o miúdo que pregava pregos numa tábua, que contava sílabas pelos dedos e que não tem medo do mar é o Homem, o Poeta e o Político de que Portugal precisa para o exercício de uma Presidência que faça da República Portuguesa o que dela esperam os Portugueses e o Mundo.

20 comentários:

  1. Eu bem quero, mas ele tem de me dar mais qualquer coisa que ainda falta...
    Sabe, Ana paula, eu não quero ser como os outros que engolem sapos...
    Quero ir com com convicção, ou não vou...já que nos potenciais restantes não voto.
    Mas ainda é curto o discurso do Manuel...
    E nem queira saber como isto me dói...

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  2. Calma, T.Mike :)
    Vamos ouvir tudo o que esperamos e sabemos indispensável :)
    Eu acredito que sim!
    Um grande abraço.

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  3. Em boa verdade, é ao executivo que cumpre governar, a presidir quer-se quem honre o povo e a república, e saiba aperceber-se do condicionamento político do país e do mundo. Ora, manuel alegre preenche esses requisitos. Se não aparecer um candidato mais explícito para uma determinação específica de alguma mudança recomendável, terá sem dúvida o meu voto.

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  4. Vbm,
    Subscrevo na íntegra a observação, sintética e clara, com que o perfil e o papel da PR fica aqui apresentado.
    Aquele Abraço :)

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  5. A nossa aversão a Cavaco não nos deve impedir de ver que MA não tem tido um comportamento político que nos leve a apláudi-lo sem reservas. Um candidato do PS não deve ser um candidato, sob reserva, com rabos de palha, nem ser caçador de passarinhos nos intervalos(...)
    Não irei por aí!
    Peço desculpa mas prefiro continuar contra um presidente da direita, que posso criticar, a ver surgir um da família da esquerda que seja tão ou mais insuportável que o Cavaco!
    Arrogância e jactância que sejam da direita!

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  6. Afinal, parece que o anunciado apoio do PS vai provocar muitas fracturas internas. Só descansam quando aquilo estiver tudo escavacado

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  7. Nas anteriores eleições para a presidência da república leva com os pés do PS, depois dá uma mãozinha ao Sócrates para as legislativas e agora, com tantas injustiças e atropelos aos direitos dos trabalhadores, nem uma palavra se lhe ouve contra o governo. Não há dúvida... os dados estão mais que viciados. Povo acorda enquanto é tempo!!!

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  8. Caro MFerrer,
    Penso que o exercício da Presidência da República requer a autonomia e independência crítica, intelectual e política que não pode, de modo algum, ficar refém do que me atrevo -à falta de melhor expressão no momento em que escrevo!- a designar por "fidelizações partidárias ou acríticas"... por outro lado, não considero que as formas de ocupação do tempo livre de cada cidadão devam ser critério de avaliação ético-político... finalmente, não!... na minha opinião, a importância política do exercício de um cargo desta natureza não me permitiria, de forma alguma, subscrever as suas últimas observações nomeadamente porque o facto de um Presidente ser de esquerda não nos retira ou limita "a priori" o exercício crítico.
    Abraço.

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  9. Olá Carlos :)
    De facto, numa tentativa de agradar "a gregos e troianos" o PS corre riscos... esperemos que não ceda aos "barões" que o tornarão naquilo de que o PSD anda a tentar sair!
    Grande abraço :)

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  10. Caro Anónimo,
    Penso que sabe o que está em causa e como para "bom entendedor, meia-palavra basta" permita-me que enuncie a expressão conhecida: "nenhum homem é uma ilha"!
    Volte sempre!

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  11. Uma outra expressão, bem mais conhecida e popular: "a montanha pariu um rato"!

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  12. Caro Anónimo,
    ... será?... ou será que as expectativas transcendem o realismo?... porque sabemos que entre o "desejável" e o "possível" há, presumivelmente, quase sempre, uma diferença considerável... além disso, teremos ainda de considerar a dimensão do "desejável"... porque um PR terá que o ser de todos os portugueses :)

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  13. O ANALFABETO POLÍTICO

    O pior analfabeto
    É o analfabeto político.
    Ele não ouve, não fala,
    Nem participa dos acontecimentos políticos.
    Ele não sabe que o custo da vida,
    O preço do feijão, do peixe, da farinha,
    Do aluguel, do sapato e do remédio
    Dependem das decisões políticas.
    O analfabeto político
    É tão burro que se orgulha
    E estufa o peito dizendo
    Que odeia a política.
    Não sabe o imbecil que,
    Da sua ignorância política
    Nasce a prostituta, o menor abandonado
    E o pior de todos os bandidos:
    O político vigarista,
    Pilantra, corrupto e lacaio
    Das empresas nacionais e multinacionais.

    BERTOLT BRECHT

    (Não é desejável... é imperativo acabar com todas as maldades que estes analfabetos políticos têm feito ao povo português).

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  14. Caro Anónimo,

    Este poema de Brecht foi já tema de um dos post's deste blogue... porém, qualquer pessoa com o mínimo de cultura sabe que, apesar da sua pertinência, não se aplica a Manuel Alegre!

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  15. Ai aplica, aplica!... A ele e a muitos mais!! O "FMI" de José Mário Branco é bastante elucidativo em relação a isso. Um mínimo de cultura e coerência política precisa-se!!!

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  16. Caro Anónimo,
    A falta de objectividade, de rigor, de discernimento e de sentido seja de justiça ou de justeza, retiram toda a credibilidade a avaliações generalistas, acusatórias e provocadoras, na medida em que reflectem um sentido demolidor e destrutivo da organização socio-política desinteressante para a vida das pessoas, essencialmente por se aproximar da legitimação da violência e da ditadura. Apelar a "clichés" não significa nada e o FMI de José Mário Branco é muito mais do que isso - se é que pode entender o seu sentido em vez de o manipular como arma de arremesso a bons homens bons, numa atitude própria de quem dispara para todos os lados, matando inimigos, irmãos e amigos sem clarividência e controle dos sentimentos que movem o "disparo". Coerência política e cultura não são, de modo algum, resultantes de pressupostos destes. Finalmente, deixe-me lembrar um velho conhecido princípio maoísta de uma crueldade tétrica que o seu comentário me fez lembrar e que enuncio livremente: "mesmo que morra mais de metade,os que cá ficam são suficientes"... Em nome da valorização da vida, da tolerância, da coexistência pacífica, do espírito democrático e do primado da paz, resta-me dizer-lhe que lamento muito o grau de desalento, desespero e raiva que justifica apreciações como a que aqui deixou registada.

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  17. "FMI" de José Mário Branco está mais actual do que nunca e, infelizmente para o país, não se vislumbram no horizonte políticos capazes de inverter a situação degradante da maioria das famílias portuguesas. Refiro-me às dificuldades económicas porque passam todos os dias os trabalhadores portugueses, e a quem se continua a castigar sem qualquer sentido de humanidade.
    Não me revejo nem um pouquinho no seu comentário porque me considero pessoa de bem, e como tal, expresso a minha opinião sem qualquer tipo de vingança ou rancor. A justiça ou a justeza das coisas?... "Mas que dia é hoje"???

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  18. Caro Anónimo,
    Fico feliz por se não rever nas considerações que teci e por, como pessoa de bem, ser a sua principal preocupação o bem-estar, a qualidade de vida dos trabalhadores portugueses e a dignidade das condições que a enformam... é também essa a minha principal preocupação!... e, por isso, analisando o contexto político nacional e europeu contemporâneos, penso que devemos ter o cuidado de separar "o trigo do joio", sem confundir os nossos maiores e justos sonhos de uma situação ideal com as condições da luta pela garantia do melhor possível - sob pena de permanecermos à margem da participação social e acabarmos cúmplices do que, de facto, mais sentido confere ao FMI de J.Mário Branco... porque, se me permite, "para pior já basta assim" e ser conivente com o pior é pior do que permanecer de mãos atadas na rejeição por uma solução menos gravosa. Teremos que construir o "sentido de humanidade" que tão bem refere de um modo inteligente e plausível... mesmo que nos custe não ver, de imediato e "de uma penada" reconstruida a justiça e a justeza que sabemos devida e merecida por quem trabalha e por quem está desempregado.
    ... é, talvez, por isso, que o dia de hoje terá que ser "o primeiro dia do resto das nossas vidas" e o permanente primeiro dia de uma luta estratégica sem fim à vista mas, de cuja luta de qualquer modo, não podemos, pelo nosso "sentido de humanidade", desistir.
    Grata pela saudável discussão que tem proporcionado, receba o meu abraço fraterno e... volte sempre!

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  19. Estimada Ana Paula,
    Agradeço as suas palavras.Peço é que repare que apenas escrevi sobre as minhas dúvidas ao apoio a MA baseado nas suas recentes actitudes versus o governo do PS, nomeadamente sobre as reformas indispensáveis na Educação e na Saúde . Aí MA assumiu um populismo e um oportunismo de esquerda aliando-se ao pior da tralha do museu do trotskismo e do sindicalismo do "quanto pior, melhor".
    Também não comprendo, ou talvez..., o seu imenso silêncio em matéria de apoio a Sócrates nas campanhas que tiveram origem nos privilégios de algumas classes como os juizes ou os magistrados.
    Daí as minhas reservas.
    Daí a minha preferência por um presidente de direita de quem nada espero além de algum analfabetismo...
    Sabe Ana Paula ainda credito na dialética e nos contraditórios. Uma actuação de direita faz mais pelo aparecimento de democratas e pela formação cívuica que muitas declarações de fidelidade à esquerda...
    A observação sobre ele ser caçador, é do meu foro pessoal. Detesto tal prática. Acho-a degradante e ligada a comportamentos, historicamente datados e com origem de classe há muito explicada, por quem sabe do assumto. Eu, já sou apenas um velho democrata que tendo pago o preço das minhas escolhas, não consigo fazer muitas concessões a comportamentos dos reis e dos terra-tenentes. Pena que o MA não tenha um dia usado as suas capacidades de atirador para abater alguns dos que escravisaram os povos...
    Abraço! se me permite!

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  20. Estimado amigo MFerrer,
    Sou eu que agradeço as suas palavras e argumentário que, creia!, compreendo apesar de não subscrever. Também acredito na dialéctica e no contraditório mas, não certa do facto de protagonismos de direita provocarem a emergência de democratas, designadamente porque, como bem sabemos, as oposições conjunturais não garantem a coerência ideológica nem, só por si, a credibilidade ética - como aliás não nos garantem as meras declarações de, como diz, "fidelidade à esquerda"... sobre M.Alegre, na minha opinião, as recentes reformas em sector estruturais do Estado como são a Educação e a Saúde não são, apesar de necessárias, as que melhor correspondem ao que considero urgente prioritário. Cabe-me aliás, ressalvar que não esgoto as minhas reservas técnico-científicas e cívicas nas críticas de M.Alegre a estas reformas pois, muito mais penso que haveria para ser reflectido seriamente antes de se avançarem algumas medidas que, como poderá ter percebido, não critiquei mas que considero insuficientes e muito aquém das necessidades das populações, das famílias e dos jovens... Finalmente, como também pode imaginar não gosto gosto de caçar e -surpreenda-se!- nem sequer como carne, meu amigo!... mas, como bem sabemos, especialistas ou não matéria, a caça é uma das mais ancestrais actividades do ser humano e a sua prática está ainda profundamente enraizada nas práticas tradicionais da cultura e não podemos, de ânimo leve e por actualmente defendermos os direitos dos animais (de que sou efectiva defensora!), condenar ou fazer mau juízo das pessoas que ainda as exercem. Quanto aos apoios de cariz trotskista que refere, penso que M.Alegre se limitou a recebê-los e a não fechar a porta ao diálogo num esforço demonstrativo de que o entendimento é possível, para além das diferenças... mas, esta é apenas a minha opinião que, de modo algum pretende desvirtuar outras... Entretanto, permita-me um sorriso face ao seu desabafo sobre o "abater alguns dos que escravizaram os povos" e deixe que lhe expresse o meu agradecimento pelo seu Abraço que tenho gosto em retribuir e qualificar como amigo!
    Volte sempre porque os seus contributos são óptimos e só o bom diálogo nos permite avançar :)
    Bem-haja e, uma vez mais, receba o meu abraço amigo

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