terça-feira, 31 de julho de 2012

Da Violência Doméstica e do Direito à Dignidade...

A violência doméstica exige medidas eficazes que garantam não só a proteção das vítimas mas, também, o seu direito ao exercício de uma vida e de uma cidadania plenas, resgatadas do medo e da complexa teia de representações sociais que as condicionam e castram. Por isso, para além do incentivo ao sempre incompleto trabalho promotor da mudança social de atitudes, valores e práticas, notícias como estas são, de facto, contributos extraordinários para assegurar o direito à dignidade, à liberdade e à igualdade de oportunidades para todos: ler AQUI e AQUI.  

Do Direito a Aprender a Pensar...

(via Eulália Miranda no Facebook)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

António Costa e a Renovação do PS...

Depois de afirmar que o PS não pode ficar refém do memorando que assinou, António Costa não exlui a hipótese de se candidatar à liderança do Partido Socialista (ler aquiaqui)... apesar do empenhamento que o actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa continua a demonstrar no que se refere ao desempenho autárquico (ler aqui) e da desvalorização das suas palavras por parte de António José Seguro (ler aqui), as declarações de António Costa podem ser um sinal de que alguma coisa pode mudar significativamente no maior partido da oposição (ler aqui e aqui)... e no país!

domingo, 29 de julho de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Verdade Chinesa...

... na voz de Diogo Nogueira...

Sonoridades Intemporais...

... Vitorino e os "Homens do Largo"...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

OCDE "fura" optimismos demagógicos...


... não vale a pena acrescentar grandes comentários, para além de se evocar aquilo que, insistentemente!, desde há muito, temos referido, neste espaço - tanto que se justifica a opção pelo reforçar dos princípios, ao invés de se investir na repetição sistémica do mais do que previsível cenário da persistência da recessão e de uma "crise" que, de "aguda", passou a "crónica"... neste contexto, para além da evocação da notícia recente sobre a descida do rating de 17 bancos alemães por parte da Moodys's (ler aqui), vale ainda a pena ler o mais recente texto de JMCorreira Pinto no Politeia (Aqui)... para que os indicadores da realidade não continuem ignorados ou sequer, relativizados!

Resistir é Poder...

(via Flávio Pinho no Facebook)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Julian Assange defendido por Baltazar Garzón...


Para mim, esta é a notícia do dia (ler Aqui): o Juiz Baltazar Garzón, ciente das perversidades que legitimam os alegados mecanismos legais com que se legitima o controle social (nomeadamente, em termos ideológicos), vai defender Julian Assange, fundador da Wikileaks... A coragem e a persistência em enfrentar o carácter manipulatório da pretensa legalidade, ganha hoje créditos... porque, designadamente nos tempos que correm, atitudes desassombradas são raras e, diga-se em abono da verdade!, não só indispensáveis mas, indiscutivelmente!, urgentes!

Sonoridades...

... "Dança dos Escravos" de Egberto Gismonti (via José Manuel Pureza no Facebook)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Património Português...

... uma preciosidade... em Castro de São Lourenço (Vila Chã - Esposende)

Sonoridades...

... Tony Bennett e Sting em "Boulevard of Broken Dreams"...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Leituras Cruzadas...

Bruno Carvalho no Cinco Dias
Miguel Serras Pereira no Vias de Facto
Sofia Loureiro dos Santos no Defender o Quadrado
Filipe Tourais no O País do Burro
Porfírio Silva no Machina Speculatrix
Estrela Serrano no Vai e Vem
Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória
Shyznogud no Jugular
Carlos Barbosa de Oliveira no Crónicas do Rochedo
Eduardo Marculino no História Viva
Weber no Mainstreet
Maria do Céu Mota no Aventar

O Povo Culto...

domingo, 22 de julho de 2012

Uma Canção pela Síria...


... Bono e Pavarotti cantaram um dia, juntos, a célebre "Ave Maria" que Bono recriou com um poema humano e actual sobre a injustiça e a guerra... um poema que, hoje, faz pensar na vida e na tragédia dos homens e mulheres da Síria, avassalada pela guerra há 16 meses...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O hábito não faz o monge...

"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."

Bertolt Brecht (1898-1956)

(via Helena Pato no Facebook)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sonoridades...

... "A Song for You" de Ron Carter...

O Cenário Dantesco no Funchal...

... Solidariedade com o Povo da Madeira!...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Os Países também se Abatem...

Séculos e séculos de História, com suor, lágrimas, trabalho e, tantas vezes!, com sangue, foram o preço da construção das civilizações e, mais difícil ainda!, das Democracias e de uma Cultura Internacional que justificou o reconhecimento colectivo dos Direitos Humanos... Conquistada às ditaduras, a liberdade dos povos e os direitos fundamentais pareciam inalienáveis. Contudo, um século depois da implantação da República em Portugal, assistimos à demolição sistemática dos serviços que nos podiam colocar na rota do desenvolvimento: educação, saúde, segurança social, trabalho/emprego, agricultura, pescas, indústria transformadora, ciência, arte, cultura, etc., etc., etc.... e não vale a pena procurar casos de sucesso, a título de demonstração da desejável falta de rigor desta afirmação - porque casos são isso mesmo: casos... e os casos não fazem a regra! O pior é que nem falta de experiência coletiva podemos alegar, porque a História deste pequeno país "à beira-mar plantado" evidencia uma incapacidade estrutural de resistir às pressões internacionais que nunca utilizámos de forma a promover e consolidar a economia interna, garantindo a autonomia e a sustentabilidade indispensáveis à sobrevivência - em particular, em contextos altamente competitivos como é o dos mercados onde, cada vez mais, nos afundamos!... É por tudo isto e por tudo o mais que sabemos e não precisamos aqui pormenorizar, que se torna efectivamente inaceitável a passividade com que, governantes e governados, aceitam o desmantelamento radical da sociedade portuguesa... inaceitável por resultar de uma profunda desvalorização dos valores da unidade e da solidariedade, permitida e incentivada pelo divisionismo em nome dos interesses corporativos e partidários! Inaceitável porque deixaremos de ter trabalho, educação, saúde e continuaremos a cochichar as nossas pequenas e medíocres rebeldias, sem ousar enfrentar os nossos medos e exigir o respeito pelos direitos que nos são inerentes como Pessoas... Apesar de parecer linear, a verdade é que as medidas de austeridade a que estamos, em crescendo, sujeitos, fazem esquecer o óbvio e o essencial: As Pessoas não são Despesas e têm o Direito a Viver!
(observação: este texto foi suscitado pela insuportável notícia do evental encerramento de 10 a 16 serviços de urgência por todo o país... e digo "insuportável" porque, antes da crise, era uma evidência, para todos, que o país precisava de muito, muito mais para que a sociedade adquirisse sustentabilidade para o seu tecido social... não obstante, para espanto de muitos, ao contrário do  necessário investimento político-financeiro nesse reforço da arquitectura económica, tudo tem sido, progressiva mas sistemática e implacavelmente!, retirado aos cidadãos!)   

Mandela, Património da Humanidade...


... celebra-se aqui a voz eterna e quente de Miriam Makeba para assinalar o 94º aniversário de Nelson Mandela, o libertador cuja vida de experiência feita, numa luta sem tréguas, acendeu o sorriso com que se rasgou o apartheid na África do Sul... Parabéns, Presidente!... e... Obrigado!... por todos nós!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Eucaliptos no Alentejo?!...

O que não se pode fazer em terras com alto risco de desertificação é... plantar eucaliptos! Por isso, entre as populações do Alentejo, a notícia da plantação deste tipo de árvores não é sinónimo de reflorestação mas, isso sim, de mais um incentivo à morte lenta da paisagem e à extinção de toda a riqueza social que está associada à frescura dos campos!... Quem se não lembra das fontes de purissima água da Serra d'Ossa que, aos fins-de-semana, faziam a delícia das famílias e das crianças que subiam a Serra para lanchar à sombra das árvores e encher garrafões e garrafões desse precioso líquido que nos dispensava o recurso e o gasto em águas de marcas comercializadas?!... hoje, é triste atravessar a Serra... as fontes secaram e não se vê viv'alma!... Ganharam as celuloses, perderam as populações... e, como diz o povo, devemos sempre aprender com os erros!... Estranho é, por isso, que quem deveria saber o não saiba ou o troque por "meia dúzia de réis" que não aproveitarão -como nunca aproveitaram!- a ninguém... a não ser aos proprietários das celuloses que, além do mais, intoxicam o ar com as suas pestilentas fábricas (quem se não lembra de Mourão e de Vila Velha de Ródão?), afastando das terras os seus naturais e, naturalmente!, ainda mais, os turistas!... enfim... são opções!... pena é que o custo dessas opções seja o despovoamento regional decorrente da desertificação física e humana, irrecuperável por muitas e muitas décadas - como bem sabemos pela esperança infundada com que continuámos, inutilmente, a olhar a Serra na esperança de que recuperasse!... Não recuperou!... e ensinados desde crianças sobre o facto de nem sempre o mais fácil ser o melhor, para os alentejanos, esta é uma notícia tétrica -principalmente pela consciência de que esta é uma das regiões mais desertificadas e pobres da Europa...      

Da Exploração do Trabalho, hoje...


A política laboral portuguesa promoveu e facilitou a descida dos salários para níveis que se aproximam de uma exploração do trabalho, até há uns anos, considerada impensável (ler AQUI)... Inaceitáveis, os honorários oferecidos a enfermeiros, médicos, arquitetos e, seguramente, a todos os profissionais (com horários que excedem as 8 horas e associados a requisitos de especialização ou outros), denotam uma sociedade que, vertiginosamente, vai perdendo indicadores de qualidade e que, paradoxalmente à exigência da qualificação dos recursos humanos, desincentiva os cidadãos a investir na sua formação... O distanciamento entre a sociedade e o Estado alarga-se a "passos largos", de uma forma tão evidente que, não só já nem merece condenação por parte das autoridades alegadamente defensoras do interesse público, como é por elas promovida (veja-se o caso do IEFP cujo site de emprego anuncia estas vergonhosas ofertas de prestações de serviços, ao abrigo de programas governamentais - ler AQUI)... por isso, as condições desumanas em que os trabalhadores são obrigados a viver (de que recentemente tivemos o exemplo numa empresa da Covilhã) assumem a natureza de um cenário ameaçador que arrisca, senão a generalização, pelo menos, um previsível aumento - contra tudo o que tem sido defendido pelos regimes democráticos, pela OIT, os sindicatos, a memória coletiva e... os Direitos Humanos!        

domingo, 15 de julho de 2012

Sonoridades Intemporais...

... "Walkin" de Herbie Hancock, Ron Carter e Billy Cobham...

Dos Direitos dos Povos...


... porque o direito ao território, à autonomia, à identidade e à liberdade são Direitos Humanos... Viva o Povo e a Nação Saraui! 

"Primavera...

... Me Gustas Tu" de Manu Chao ao vivo em Barcelona...

sábado, 14 de julho de 2012

Fausto de Quadros e o Acordão do TC...

Ontem, no Jornal das 9 da SIC-Notícias, o Professor Fausto de Quadros, catedrático justamente prestigiado em matéria de Direito Constitucional e Internacional e uma verdadeira autoridade no que ao Direito Comunitário diz respeito, pronunciou-se sobre o Acordão que o Tribunal Constitucional proferiu sobre os cortes dos subsídios de férias e de natal na função pública... Valeu a pena ouvir!... Antes de mais, pela justa propriedade da análise jurídica da matéria e a interpretação da sua constitucionalidade mas, também, pela forma rigorosa, diplomática e subtil como deixou perceber a natureza intrínseca da atitude que determinou a tomada de decisão do TC. Dizia o Professor que os princípios à luz dos quais se deixa interpretar o problema são os princípios da Confiança e da Proporcionalidade - sem detrimento, naturalmente!, do princípio da Igualdade... pelo exposto, percebe-se claramente que se a opção tivesse recaído (cumulativamente ou não com o princípio da igualdade)  sobre os princípios da confiança e da proporcionalidade, ficaria o dito Acordão muito menos exposto à sua utilização política conjuntural.
Com este recurso argumentativo, o Acordão teria associado a matéria em causa, não só, à quebra do que está contratualizado e é um direito adquirido mas, também, à desproprocionalidade desta alegada medida de austeridade em relação a um cenário hipotético de resolução da crise... argumentos que, articulados com o do princípio da igualdade, revestiriam a decisão do TC de uma consistência inequívoca, efectivamente digna da defesa dos direitos das pessoas de que a Constituição da República Portuguesa é o último garante.
Incontornável, neste contexto, a abordagem da partidarização política da composição do TC foi ainda objecto da cuidadosa mas objectiva reflexão partilhada por Fausto de Quadros que, desta forma, colocou, de facto!, "o dedo na ferida" e cujos considerandos (de que destaco a relevante referência ao pouco frequentemente evocado normativo que permite a limitação/suspensão da própria decisão do Tribunal - de cuja prática é exemplo a Aústria que dessa figura "usa e abusa") justificariam uma outra aprofundada leitura analítica...  
A terminar, uma pequena nota de Agradecimento ao Professor Fausto de Quadros, cuja clareza e rigor expositivo são, de há muito, apanágio da inteligência e perspicácia diplomática que o caracteriza... e que tive a honra de conhecer enquanto aluna, aprendendo, num curto espaço de tempo, tanto quanto só um grande Professor pode ensinar... Bem-haja, Professor!

Sonoridades Intemporais...

... "A Whiter Shade of Pale" dos Procol Harum... na Dinamarca...em 2006!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O País entre a Austeridade e a Pobreza...


... a propósito dos dados divulgados pelo INE que afirmam um facto inexorável na opção pelo desinvestimento nas políticas sociais: se não fossem os apoios do Estado (cada vez mais reduzidos, relembre-se!) a taxa da pobreza em Portugal seria de cerca de 25% ... mas, também, recorrentemente, do relatório da OCDE que afirma que Portugal é a economia que mais "empregos" destruiu nos últimos anos... e sem esquecer o que AQUI se referiu e documentou...

Lições... por Patxi Andion

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O País que Não Temos...

... eis o que se não pode dizer de Portugal... porque foi destruída a agricultura e a pesca e desmantelado todo o aparelho produtivo (que, ainda que incipiente, continha um potencial de crescimento e desenvolvimento) em nome de um deslumbramento inculto ("ouro dos tolos") pela megalomania de uma globalização e de uma tecnologia impossíveis (alheada da consciência de que toda a moeda tem o seu reverso!)... por isso, o país que hoje temos é o que caminha a olhar de longe o mérito, a objetividade, a coragem e a inovação como se de ameaças se tratassem, persistindo na lógica da reprodução em circuito corporativo fechado, para prejuízo de todos os cidadãos... e lucro da mediocridade...     

Portugal - da Austeridade aos Direitos Humanos

Vale a pena ler AQUI o que diz o Comissário dos Direitos Humanos do Conselho da Europa sobre o impacto das medidas de austeridade em Portugal...


... quanto ao Relatório que ontem foi divulgado e cuja elaboração decorreu da visita deste Comissário ao nosso país no passado mês de Maio, pode ser lido AQUI (por ora disponível apenas em língua inglesa)...

(com o agradecimento devido a Maria João Fitas pela divulgação da notícia no Facebook)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Discernimento...


'Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.''

(Leonardo da Vinci)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Da Cedência de Hollande à Economia Portuguesa

François Hollande declarou hoje a importância da "Europa a Várias Velocidades", modelo mais que conhecido, no plano do Direito Comunitário Europeu, como o da famigerada figura da "Europa a Duas Velocidades"... para além do eufemismo político subjacente à troca do termo "duas" por "várias", a verdade é que este é o primeiro passo de François Hollande rumo ao apoio à política de Merkel e da Europa que hoje temos, cada vez mais afastada da Europa Social que nós, os cidadãos, queremos e reivindicamos -com toda a legitimidade que nos conferem os inalienáveis valores democráticos... Para quem se apressou a celebrar a chegada de Hollande ao poder e nele projectou a ilusão de uma "reviravolta" na política europeia, o resultado está à vista... devagarinho, é certo mas, com ponto de chegada mais que previsível. Sendo o caminho mais fácil para simular uma "certa" (?!) alternativa à gestão neoliberal desenfreada que a Chanceler protagoniza, a verdade é que (como já mais uma dezena de vezes aqui chamei a atenção!), a opção da "velocidade variável" (se assim podemos dizer!) é o grande instrumento do assumir colectivo de uma desigualdade de direitos e de acesso às oportunidades  que importava, antes de mais, combater!... claro que todas as (alegadas) "oposições" que se avocam o paralelismo com a política de Hollande, a par da comunicação social, vão defender a perspectiva francesa, alegando que é a "única" (?!) solução viável para a crise comum que nos atinge (sem fim à vista, convém recordar!)... mas, nem seria de esperar outra coisa nos contaminados e, passe a expressão, limitados raciocínios eivados de ignorantes juízos dos "opinion makers" - que tanta falta fazem à legitimação das desumanas e absurdas políticas que, contra as pessoas, serão assinaladas, como tal!, pela História... 
Entretanto, por cá, vale a pena registar o anúncio de que as exportações nacionais ultrapassaram as importações (pela primeira vez desde o fim da II Guerra Mundial!!! - imagine-se!), bem como as expressões de regozijo dos líderes europeus que elogiam a (dramática!) execução orçamental nacional, cumpridora das exigências da troika -ainda que às custas do preço social que sabemos... principalmente porque tais notícias (muito mais previsivelmente do que gostariamos), preparam a "amortização" do choque de um 2º pedido de resgate (travestido de uma ou de outra forma...)!... novidades?... como soy dizer-se: "nada de novo no reino da Dinamarca"... pois...

A Palavra à Luta Mineira...



... entretanto, por cá, o MSE - Movimento Sem Emprego, em solidariedade "(...) com os mineiros das Astúrias e com todos os trabalhadores em luta (...)" irá participar, amanhã, na concentração convocada pela Plataforma 15 de Outubro, em frente ao Consulado de Espanha - uma iniciativa que merece o apoio e a presença de todos. 

(imagem via João Pedro Freire no Facebook)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Leituras Cruzadas...

JMCorreia Pinto no Politeia
Shyznogud no Jugular
Sofia Loureiro dos Santos no Defender o Quadrado
Francisco Clamote no Pegada
Weber no Mainstreet
Graza no Arroios
Kaosinthegarden no We Have Kaos in the Garden
Joana Lopes no Entre as Brumas da Memória
Raul Iturra no Aventar

domingo, 8 de julho de 2012

Da Verdade Humana...

"Somente a partir do coração... Você pode tocar o céu"


(imagem e citação de Rumi in O Bosque de Berkana no Facebook)

Ponderação...

Foto

(via O Bosque de Berkana no Facebook)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Direito contra a Ética e a Cidadania...

... o regozijo de alguns comentadores sobre uma alegada "vitória" da democracia, do Estado de Direito e até (pasme-se!) da cidadania, provoca, no mínimo!, uma espécie de esgar - que, de sorriso, não tem sequer a sombra!... para que conste: o Tribunal Constitucional declarou, em Acordão lavrado para o efeito, que o corte dos subsídios de férias e de 13º mês, dos prestadores de serviços em funções públicas, é inconstitucional por, comprovadamente, violar o princípio da igualdade - nomeadamente no que se refere à equidade fiscal... contudo, esta constatação jurídica (do mais alto nível!) excepciona-se a si própria, alegando que se não aplica ao ano em curso (2012), uma vez que a "execução orçamental" está já num período muito avançado... Ponto!... Acordão dixit!... porém, ao invés do que se poderia pensar (isto é, que, em 2013, os referidos subsídios seriam repostos), o que vai acontecer é que, até final de 2012, será legislativamente garantida a extensão das medidas penalizadoras a todos os sectores da sociedade, de modo a assegurar que a desigualdade agora reconhecida, deixe de o ser... podem e, por isso, vão continuar a não ser pagos os ditos subsídios!... Moral da história: o Direito garante a legitimidade da prática e, ao que parece, isso basta para que se considere que a Democracia e o Estado de Direito estão na melhor das suas condições... entretanto, a Cidadania - no que à igualdade, à justiça, à ética, à defesa dos direitos das pessoas e à qualidade de vida se refere - fica (salvo melhor opinião!!!) reduzida a objeto de manipulação... "para toda a obra"!... 
... Sem comentários!...     

Direitos Humanos - do Respeito pelas Vítimas...


... porque, do ponto de vista ético, quanto mais vamos conhecendo a realidade, mais evidente se torna a falta de legitimidade para a exploração humana e menos legitimidade podemos reconhecer às alegações que a pretendem justificar... designadamente, no que se refere, não só, apenas, às práticas políticas mas, também ou essencialmente, à ideologia subjacente à regulação dominante da relação entre interesses económicos e políticos...


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Véspera da Virgem Santissima... de A.Tarantino


... produzida pelo "Bruxa Teatro", a peça "Vésperas da Virgem Santissima" de António Tarantino, estreia hoje, às 21.30h, na "Escola de Mulheres" - Clube Estefânia... a não perder!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sonoridades... intemporais...


... "Queixa das Jovens Almas Censuradas" de Natália Correia... por José Mário Branco...

Da Ignorância ao Poder...

... reconheça-se: muito adequado aos dias que correm!... verdade?

Se...

... "If" de Rudyard Kipling... na voz de João Villaret...

terça-feira, 3 de julho de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012

Quintino Lopes - O Descanso do Guerreiro...


Quintino Lopes - O Descanso do Guerreiro
Nunca sabemos como e quanto as pessoas nos marcam”, costumava dizer, deixando à reflexão de quem ouvia, o decifrar de um sentido que se pressentia sempre mais profundo do que as palavras deixavam transparecer… É verdade! - sabemo-lo todos os que o conhecemos, gerações e gerações de homens e mulheres, eternas crianças  perante um saber que só a fusão bem temperada, como o aço!, pela maturidade, a cultura e a experiência, permite aos Homens que, mesmo sem terem tido tempo para ser meninos, se tornam referências e exemplos maiores do Ser e não do Ter (como, tantas vezes, repetia - ele para quem o “ter” era sempre, apenas e só, uma forma de aproximação ao caminho das causas que moviam a extraordinária consciência social sob a qual se equacionava toda a realidade).

Quintino Lopes, o lutador indómito e corajoso que, solitária e solidariamente, preencheu e dedicou a vida à defesa dos valores em que acreditava, inteligente e intransigentemente, deu tréguas, aos 95 anos de idade, ao último combate com que se deparou, conquistando, enfim!, o justo descanso do guerreiro.

Partiu no solstício que as festas joaninas assinalam, num dia quente como o eram os dias do Estio em que gostava de atravessar o Alentejo, para concretizar a missão de que foi zeloso e incansável protagonista, em continuados, discretos e eficazes esforços pela mudança social numa região devastada pela miséria… uma região que mudou sob o seu olhar vivo e penetrante, como o era esse olhar a que apelava Che Guevara quando dizia “o nosso olhar tem que ser atento ao ponto de sermos capazes de ouvir crescer as flores”!

E foi… foi atento ao que se passava no mundo, na teoria e na prática, não esmorecendo nunca na diligência com que adaptava ao sul que habitava, o melhor do que se produzia para ajudar a realizar o melhor para todos, sem sede de protagonismo e sem ambições de poder - a não ser o de ver a razão como fio condutor de um desenvolvimento em que acreditou e que (muito mais do que supomos ou pensamos reconhecer) contribuiu, de forma ímpar, para materializar.

Um Homem (o mesmo Homem de que falava Rudyard Kipling no seu imortal poema “If…”) vive sempre à frente do seu tempo… e é à frente do seu tempo que semeia o que altera o presente e se faz futuro, para além de todas as críticas, de todas as reservas, de todos os medos e de todas as perseguições… “sem medo e sem preguiça”!  Sempre!

Quintino Lopes, o Homem, o Político, o Economista, o Resistente Antifascista, o Arqueólogo, o Empresário, o Cidadão era um Homem Raro… muito raro e, como tal, Precioso!... e eu que compreendo mas não acredito nesse lugar-comum que diz que “todos somos substituíveis”, afirmo aqui o seu contrário: “Há Pessoas Insubstituíveis”!...

Hoje, evoco e partilho aqui a memória dos dias e das noites em que, ininterrupta e rica, a conversa revisitava a História da Humanidade para nos devolver, revitalizados e confiantes, ao presente, sempre com os olhos no futuro… e recordo, para sempre!, a confiança, a indefectível amizade, a camaradagem, a sabedoria, a firmeza e o canto com que aligeirava a dura tarefa da missão que se impusera e que, nos limites do que nos é permitido pela nossa frágil mas, tão poderosa condição humana, foi cumprida!

(Évora, 25 de Junho de 2012 – 01.35h - Publicado no Diário do Sul de 26-06-2012)