terça-feira, 9 de abril de 2013

Nós, Europeus, Humilhados e Ofendidos - 2

Nós, Europeus, Humilhados e Ofendidos, às mãos de um poder anquilosado e tétrico (Drácula de uma modernidade por conquistar!), perdemos o direito à dignidade, na subserviência extrema de uma classe política sem coluna vertebral que nos arrasta, com discursos demagógicos de pretensas fatalidades, para um passado que julgámos vencido pela força solidária dos cidadãos despertados para os valores da Liberdade,  da Democracia e da Igualdade. Nós, Europeus, Humilhados e Ofendidos, sucumbimos ao abuso do poder financeiro de organismos que se sobrepõem aos Direitos dos Povos e à soberania das Nações, submetendo os Estados e escravizando as pessoas sob a vaga de um desemprego galopante e praticamente, sem retorno. Nós, Europeus, Humilhados e Ofendidos, não temos muita margem para agir no quadro institucional dos que protagonizam a ideologia e a gestão económico-social dominante porque os mecanismos eleitorais de que dispomos não reformam os procedimentos operativos dos partidos, nem garantem novas mentalidades, novas posturas ou renovadas competências aos que os lideram com o espírito de convicções organizacionais e práticas metodológicas desadequadas e ineficazes. Nós, Europeus, Humilhados e Ofendidos, perante as dinâmicas da História, sabemos que a imperiosa necessidade de mudança irá promover alterações societárias, económicas e políticas, relevantes ao ponto de se irem constituir como a marca do século XXI... e sabemos - porque não podemos ignorar as lições do passado próximo e longínquo!- que a natureza dessa marca depende, também, da nossa passividade ou do nosso protagonismo... uma vez mais, no limiar da viabilidade dessa Europa que quisemos construir como Social e das Regiões, nós, Europeus, Humilhados e Ofendidos, temos nas mãos a encruzilhada do futuro...

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