sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Da Face Político-Partidária da Crise...

Da autoria de Alfredo Barroso, a quem aproveito para agradecer a partilha da análise e da interpretação,  o texto que a seguir transcrevo, merece a nossa melhor atenção:
 
"INACREDITÁVEL: PPD/PSD RESISTE À CRISE E MANTÉM-SE COLADO AO PS!
 
Resultados da sondagem DN/JN/RTP/Antena 1, hoje publicada, revelam que o CDS/PP afunda-se, mas o PPD/PSD resiste à crise provocada pelas demissões de Vitor Gaspar (verdadeira) e de Paulo Portas (falsa), e mantém-se colado ao PS - o que é verdadeiramente inacreditável!

Nas intenções de voto, o PS e PPD/PSD sobem 4%, mantendo a diferença da sondagem anterior (3%). Os outros partidos descem, com o CDS/PP a afundar-se e a ficar nos 3%. Paulo Portas é também fortemente penalizado na sua popularidade. Ou seja: a maioria dos portugueses culpam o agora vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, pela quase queda do Governo
As sondagens do jornal «i » e do «Diário de Notícias» hoje divulgadas revelam que o CDS/PP sofre uma descida recorde. O comportamento errático de Paulo Portas, ao demitir-se «irrevogavelmente» e ao voltar com a palavra atrás, não passou de modo algum despercebido aos portugueses, que parecem culpar o líder do CDS/PP pela quase queda do Governo há um mês.
As posições dos inquiridos nestas sondagens foram recolhidas já depois de estabelecida a sétima remodelação deste Governo de coligação PPD/PSD-CDS/PP.
O CDS/PP até ganhou mais mais ministros no governo remodelado, com o seu líder promovido a vice-primeiro-ministro, ficando responsável pela coordenação das áreas mais «fracturantes» na situação actual, mas as intenções de voto no CDS/PP mostram uma queda que leva o jornal «i» a perguntar se não será, também ela, «irrevogável».
Questionados pelo jornal «i» sobre quem consideram ser o culpado da crise, cerca de 45,9% dos inquiridos não hesitaram em apontar Paulo Portas como o principal culpado. Em segundo lugar no rol de culpados, surge Cavaco Silva, com 22,2% das respostas, seguindo-se António José Seguro, com 16,5%, e só depois Passos Coelho, com 9,3%.
Por outro lado, quem parece ter passado entre os pingos da chuva é o PPD/PSD, que registou uma subida nas intenções de voto. Nos dois inquéritos de opinião (DN e «i»), o PPD/PSD foi o único a subir, a par do PS, que continua no topo das intenções de voto.
No entanto, a subida do PPD/PSD não livra os «laranjas» do seu segundo pior resultado dos últimos dez meses, escreve ainda o jornal «i».
Resultados das sondagens:
PS _________  34,6% (i) / 35% (DN)
PPD/PSD ____  24,1% (i) / 32% (DN)
CDU ________  13,1% (i) / 11% (DN)
BE _________    8,7%  (i) /   7% (DN)
CDS/PP ______  8,1%  (i) /   3% (DN)
 
Ou seja: perante a incapacidade de António José Seguro fazer distanciar largamente o PS do PPD/PSD, e perante a incapacidade dos partidos de esquerda encontrarem uma plataforma mínima de entendimento, é a direita, com cerca de 35 % das intenções de voto (PPD/PSD + CDS/PP), que se sobrepõe à esquerda, com cerca de 53 % das intenções de voto (PS + PCP + BE). Em suma: o eleitorado português tem aquilo que merece..."
 
(via Alfredo Barroso no Facebook)

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