sexta-feira, 30 de maio de 2014

Da Extrema-Direita como Efeito Colateral...

"O tempo não está para brincadeiras" - costuma dizer-se... e, nos dias que correm, politicamente, esta frase tem um sentido inequívoco. Vejamos: os resultados das eleições europeias do passado domingo estão a viabilizar a constituição de um grupo político de extrema-direita no Parlamento Europeu e, na conferência de imprensa dada pelos seus representantes, um deles afirmou: "(...) não podemos ter esses criminosos a atravessar as nossas fronteiras. Com 26 milhões de desempregados, não podemos permitir a livre circulação de pessoas (...)" - como se deduz facilmente, o homem nem sequer estava a falar dos que chegam, mais ou menos clandestinamente, ao espaço comum europeu mas sim, dos europeus que, naturais, residentes e legalizados, integram esta multidão que somos, potencialmente!, todos nós e que o neoliberalismo desenfreado conduziu ao desemprego sem uma contrapartida que permita a manutenção de uma vida digna. Relembremos: há desempregados porque "alguém" extinguiu os seus postos de trabalho!... Porém, parece que a extrema-direita não tem, no seu radicalismo simplista e feroz, entendimento para reconhecer este elementar raciocínio, insistindo na sua propaganda perigosamente xenófoba. Por ora, trata-se de um projeto de intenções porque, para se constituir formalmente, cada grupo deve integrar representantes de 7 países e reunir um número mínimo de 25 deputados... e, neste momento, encontram-se (já!!!) eleitos, por esta formação ideológica, 38 eurodeputados que, contudo!, representam ainda apenas 5 países: França (Frente Nacional), Holanda (Partido da Liberdade), Áustria (Partido da Liberdade da Áustria), Bélgica (partido belga flamengo) e Itália (representantes da Liga do Norte) - (LER AQUI). Além de tudo isto, há ainda os que não se assumem como tal mas, cujo pensamento e práticas se lhes aproximam tanto que nem se percebe o propósito de distanciamento - a não ser por uma questão de marketing e mercado político-partidário, designadamente, interno! Tal é o caso do polaco Janusz Korwin-Mikke (do KNP), também eleito para o Parlamento Europeu, que defende que as mulheres não deviam votar e que afirma que Hitler não teve conhecimento do Holocausto (LER AQUI) Quem puder entender, que retire as ilações adequadas no que se refere, designadamente, aos Direitos Humanos.  

quinta-feira, 29 de maio de 2014

António Costa e o Mestre-Sala do Baile da Pinha...

António Costa decidiu candidatar-se à liderança do PS!... Reiterando o que aqui escrevi, há cerca de um ano atrás, posso agora dizer: finalmente e felizmente! ... porque o país precisa de uma oposição condigna e de um partido capaz de se colocar, depois de 2 oportunidades criadas e negociadas por António Costa com o líder do maior partido da oposição, no sentido de dar um crédito de confiança ao PS liderado por António José Seguro (para que este assumisse o lugar de protagonismo e credibilidade que lhe era requerido pela extrema gravidade da situação social e socio-económica portuguesa), o Partido Socialista alcançou (apenas!) uns míseros 31,5% nas eleições europeias quando, na atual conjuntura político-económica, caso fruísse de credibilidade e confiança junto do eleitorado, não deveria surpreender que tivesse alcançado 38 a 40% dos votos úteis!!!... Por isso, agora, do ponto de vista ético, deontológico e desinteressado, em nome do interesse nacional e à revelia dos tristes e pobres corporativismos partidários revelados precipitadamente por alguns militantes socialistas que ocupam (quiçá há demasiado tempo!) lugares de destaque na AR e no PE (mais surpreendentes ainda pela tradicional imagem de combatentes que tinham ganho e agora desbaratam em nome de "nada"), a António José Seguro resta a dignidade de assumir uma atitude democrática assente na ética cívico-política, através da convocação de um Congresso Extraordinário e da coragem em apoiar a opção pelas "directas", enquanto configuração do modelo eleitoral para o cargo de Secretário Geral. Na realidade, nem vou repetir o que escrevi nos dois textos anteriores e que concorrem para se compreender a legitimidade da decisão de António Costa: é preciso reinventar a Europa e é preciso falar,de forma sustentada ideologicamente, sobre conteúdos, propostas económicas e medidas políticas, capazes de, por um lado, contrariar o radicalismo empobrecedor e cruel da austeridade e de, por outro lado, viabilizar o crescimento e o desenvolvimento económicos através da promoção de políticas sociais sustentáveis e suscetíveis de contrariar o desemprego e de reforçar o Serviço Nacional de Saúde, o Ensino Público e a Segurança Social... É preciso contribuir para devolver aos Estados-membros da União Europeia, um grau de reconhecimento da soberania nacional capaz de permitir a recomposição de um aparelho produtivo que salvaguarde a economia e a independência e que, simultaneamente, garanta a sustentabilidade de um salário mínimo nacional e de pensões mínimas de sobrevivência adequadas a uma existência condigna em termos de alimentação, acesso à saúde, à educação, à habitação, ao rendimento, ao trabalho e à proteção social.
Neste contexto, a atitude da atual liderança do PS que, em "passo de corrida", discreta e subliminarmente, convocou para a expressão pública à manifestação do apoio ao seu protagonismo "de salão", os seus setores mais corporativos e reacionários (Braga, UGT e Madeira, por exemplo) é, verdadeiramente!, apenas mais um sinal de uma humilhação assumida desde o início desta liderança socialista - que, confessemo-lo!, sempre se assemelhou a uma espécie de ritual comandado pelo ocasional e dispensável mestre-sala do Baile da Pinha... Provavelmente, os mais jovens não perceberão o significado da metáfora e da alegoria mas, talvez percebam se explicarmos que, na estação primaveril, as comunidades rurais organizavam bailes que tinham a especificidade de decorrer em salas onde se colocava, pendurada do tecto, uma estrutura de madeira, oval (a Pinha), de onde caíam fitas de várias cores, uma das quais acionava o mecanismo que "abria" a Pinha, soltando, por exemplo, um casal de pombos, conferindo ao casal que a "puxara" o título de "Reis" da Festa ou da Pinha. As fitas eram compradas pelos casais que iam dançar e, como se pode depreender, neste ritual, era inútil a existência de um Mestre-Sala, uma vez que o direito de "puxar" a fita decorria de se ter comprado bilhete para o efeito e que o prémio (a aclamação dos "Reis") resultava de acertar com a fita que acionava o mecanismo de abertura da Pinha... Inútil mas, contudo, irresistível, o  protagonismo do palco...

Parece ser este o caso da atual liderança do PS - luxo ou capricho que, convenhamos!, já teve, a título de tempo de exposição, um excesso que os cidadãos não estão dispostos a alimentar (conforme ficou demonstrado nos resultados das eleições europeias). Alentejana que sou, congratulo-me pelo anúncio que há pouco ouvi na comunicação social de que os autarcas socialistas do distrito de Évora decidiram apoiar António Costa... porque A. Costa garante a capacidade de concretizar alianças à esquerda e de ganhar apoios tácitos e explícitos no mundo empresarial, pelo reconhecimento da sua inteligência estratégica e da sua prática não-dogmática e não-demagógica. Se há altura própria para discutir e esclarecer, em tempo útil, a liderança do maior partido da oposição e de criar condições para concretizar a alteração da correlação de forças entre PS e os partidos da atual maioria governamental, esse tempo é, exatamente!, o momento presente! Por isso, também o aparentemente inesperado anúncio de António Costa é de saudar, enquanto expressão amadurecida de uma decisão que resulta da reflexão face aos factos e não da mera pressão exterior. Pela revitalização da discussão política nacional, pela elevação ideológica da análise socio-económica e política e pela capacidade e competência na construção de propostas alternativas ao atual modelo governativo, a possibilidade de uma alteração na liderança política do maior partido da oposição, António Costa abre a esperança aos portugueses no sentido de vislumbrarem a mudança como luz ao fundo do túnel... sentimento indispensável à recuperação do interesse pela participação política e pelo investimento individual no projeto social coletivo que é, em última análise, o país em que nos inserimos e a cultura de que participamos - realidades relativamente às quais mantemos sentimentos de pertença.   

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eleições Europeias - O Cego que Não Quer Ver...

A história destas eleições europeias chama-se: "O Cego Que Não Quer Ver". O título caracteriza, por um lado, a campanha eleitoral marcada pela exclusividade das críticas e condenações do governo às oposições e das oposições ao Governo e, por outro lado, o facto de nenhuma das forças político-partidárias candidatas à eleição ter analisado, esclarecido, reflectido, problematizado e discutido a arquitectura institucional europeia, relativamente aos custos da perda da soberania nacional e à limitação das opções político-económicas que condicionam a organização da coesão social e a afirmação da diversidade cultural. A história, consistente e efectivamente ilustrativa do título que aqui se propõe, foi aliás reiterada pelo silêncio conivente dos comentadores e da comunicação social no que se refere à constatação desta objetiva disfuncionalidade (des)informativa da campanha - que é, em si própria, registe-se!, uma táctica ideológica!... A oportunidade e justeza do título confirma-se nos resultados que, esta noite, obtivemos, em Portugal:
 
a) Abstenção: 66,2%
(pergunta: numa Europa que se requer dos cidadãos, quando a abstenção é superior a 60%, deveriam convocar-se novas eleições?!);
b) PSD/CDS: 27,7%
(pergunta: quando uma coligação tem menos de 30%, a ética aconselharia a que continue a assumir a responsabilidade de gestão de um país?);
c) PS: 31,5%
(pergunta: num contexto em que a crise económico-social e política atinge os patamares de gravidade que caracterizam a vida dos portugueses no que ao desemprego, à pobreza, à economia, à saúde, à educação, ao desenvolvimento regional, etc. diz respeito, quando o maior partido da oposição obtém apenas pouco mais que 3% do que a aliança governamental, deve considerar esse resultado uma vitória?);
d) CDU: 12,7%
(pergunta: que ilações retirar do facto de um partido que, sem alterações programáticas mas, com renovação de quadros, num contexto ideológico completamente adverso, sobe de 2 para 3 eurodeputados?);
d) MPT: 7,2%
(pergunta: que ilações retirar do facto de ter sido eleito um protagonista social cuja campanha eleitoral foi completamente ignorada pela comunicação social mas que se tornara conhecido por ter denunciado estratagemas, conluios, maquinações, estratégias e desonestidades de governantes, políticos, bancos e até, com contundência e desassombro sistémico, dos que encarnam os interesses corporativos da classe que representou no mais alto cargo da sua ordem profissional?);
e) BE: 4,6%
(pergunta: que ilações retirar dos resultados de um partido que, num contexto económico-político e sociocultural de crise agravada e sem penalizações provocadas por qualquer desgaste de exercício do poder, perde 2 eurodeputados?);
 
A história "O Cego Que Não Quer Ver" merece ainda 4 apontamentos:
 
1) relativamente ao eventual epifenómeno que se materializa em Marinho Pinto, perguntar se, em verdade!, a acusação de populismo que sobre ele recai é ou não é um argumento retórico de quem não sabe o que dizer perante alguém que se apresentou, à revelia de todos, com uma atitude de denúncia, sem "parti pris" e que, mesmo sem historial ideológico público de suporte, apela à defesa intransigente do exercício da justiça, dos valores, da solidariedade e da liberdade (designadamente de imprensa) - exactamente as matérias que o tornaram conhecido e popular na sociedade portuguesa, pela "gritaria" com que tirou o país da estupefação, da ficção e da intriga dos escândalos político-financeiros conferindo-lhes sentido, significado e intencionalidade, chocando tudo e toda a gente;
 
2) perguntar porque razão não é motivo primordial de análise e preocupação política o actual mapa da geografia da abstenção em Portugal (66,2%) que demonstra cerca de 70% de abstenção em 5 distritos: Bragança (71,1%), Faro (71,5%), Vila Real (70,4%), Viana do Castelo e Viseu (69%) e apenas menos de 65% de abstenção em 6 distritos: Évora, Lisboa e Porto (62%), Beja e Braga (63%) e Setúbal (64%)... neste contexto, é, simbólica e incontornavelmente!, relevante, a verificação dos custos de proximidade que se denotam no facto de Faro ter 71% de abstenção tal como Trás-os-Montes e o Alto Minho;

3) constitui ou não motivo de séria preocupação o facto de uma sociedade ter um sistema político em que os seus representantes são eleitos por, apenas!, cerca de 35% dos inscritos e merece ou não reflexão a problemática que nos leva a verificar que esta realidade é a expressão de um regime de que as pessoas estão realmente afastadas, cuja arquitectura formalmente democrática, reproduz, objetivamente!, taxas de participação eleitoral de regimes que limitam o direito ao voto - apesar da diferença de, em regimes ditatoriais, não existir o direito de decidir ir ou não votar?!;
 
4) finalmente: nos restantes Estados-membros merecem ainda destaque, pelo paradigma que representam, os resultados obtidos em França pela extrema-direita de Le Pen e a estrondosa e assutadora derrota do Partido Socialista...
 
... diz o povo: "O Pior Cego é Aquele Que Não Quer Ver"!... 
 

sábado, 24 de maio de 2014

Recuperar a Liberdade, Recriar a Europa...

... porque é preciso devolver aos povos o direito a escolher e a decidir, sem submissões incondicionais e sem demagógicas e fictícias conciliações... porque é preciso contribuir para a implosão de um sistema pervertido em termos de valores, princípios, metodologias e práticas... porque é essencial exigir formas sérias, rigorosas e objetivas de gestão da Polis, sem pactuar com a orgânica dos mecanismos e procedimentos financeiros que desvalorizam a vida das pessoas e promovem a desestruturação socio-económica e cultural para nos conduzirem a graus de anomia identitária capazes de nos anular a consciência e a intervenção... porque é indispensável recriar a ideia de Europa enquanto projeto comunitário, espaço de coexistência da diversidade cultural e organizacional dos Estados-membros e enquanto garantia da igualdade de direitos e de tratamento dos cidadãos, no acesso a condições de vida dignas para todos. Pelo Direito à Liberdade e pelos Direitos Humanos! 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Da Intransigente e Decisiva Luta das Mulheres...

Fawzia Koofi é uma ativista dos direitos das mulheres que, no Parlamento do Afeganistão, luta pela construção de um país onde as raparigas sejam respeitadas como seres humanos. Num espaço social, cultural e politicamente difícil e profundamente trágico, esta é uma guerra feita de coragem e despojada de interesses outros que não sejam exclusivamente o direito a uma existência digna! Há poucas lutas, causas e protagonistas assim... um exemplo que nos exige solidariedade, respeito e cumplicidade! 
 
(a notícia e a imagem chegaram via Isabel Romão no Facebook)

domingo, 18 de maio de 2014

Espelho de Alma...

 
... "Nenúfares"... de Claude Monet.

Sonoridades Femininas...



... a voz de Carmen Paris...

sábado, 17 de maio de 2014

Do Espanto e do Encanto como Aprendizagem do Ser e do Estar!



... o vídeo é longo e talvez a impaciência com que nos habituámos a olhar e a ouvir tudo o que acontece à nossa volta, pelo vertiginoso ritmo da informação e da desinformação, excessiva e intencionalmente desestruturada, nos canse de vez em quando e nos dê vontade de desistir de ouvir tudo, até ao fim... Façam um esforço... vai valer a pena! ... e se é indubitável que, como aprendemos e ensinamos, "A Filosofia nasce do Espanto", a verdade é que, aqui, nas palavras, na voz, na convicção, no brilho do olhar e na autenticidade da teia narrativa de Rubem Alves, ganhamos porque aprendemos, acima de tudo, a pensar e a (re)valorizar o essencial. Tenham um dia tranquilo e sábio!
 
(o vídeo chegou via Isabel de Castro no Facebook)
 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Crimes Contra a Humanidade versus Povos Sacrificados...



"Que esta imagem passe por todo o mundo:
 
O Chefe da Tribo "Kaya po" recebeu a pior notícia de sua vida: Dilma, a presidente do Brasil, deu sua aprovação para a construção de uma grande central hidroeléctrica (a terceira maior do mundo).

A barragem vai inundar cerca de 400 000 hectares de floresta. É a sentença de morte para todos os povos que vivem perto do rio.

Mais de 40 mil índios terão que encontrar novos lugares para viver.

A destruição do habitat natural e o desaparecimento de várias espécies são factos reais!

Este é o preço que estamos dispostos a pagar para garantir a nossa "qualidade de vida" do nosso estilo de vida chamado "moderno"!?!

Não há mais espaço no nosso mundo para aqueles que vivem de forma diferente, onde tudo é nivelado, onde todos em nome da globalização perdem a sua identidade, a sua forma de vida!!!

Por favor, se ficou indignado, partilhe a mensagem...
Obrigado pela vida e biodiversidade."
(via Ruben Menezes, Maria de Fátima Fitas e muitos mais amigos solidários no Facebook)

Efeitos perversos...


"O ofício de ser português - por Baptista Bastos

Ser português não é, somente, uma nacionalidade: é um rude e dificultoso ofício, cujo exercício deixa os seus praticantes depauperados e atormentados. Tudo aquilo que constituía o edifício moral da sociedade foi depredado pela mentira, pelo embuste e pela malevolência. A pecha é transversal: todos os sectores têm sido atingidos e creio ser extremamente difícil remover a nódoa. Começou a campanha eleitoral, e o propósito de esclarecer não melhorou. Como acreditar nos que, até agora, apenas acirraram os nossos desgostos, aumentaram os nossos sofrimentos e acrescentaram o ódio às nossas raivas? A imprensa perdeu o viço e nada esclarece, como lhe competia, a fim de racionalizar o que as televisões noticiam. Os rostos mortos daqueles que tais surgem nos ecrãs com uma persistência que revela a preguiça e a ignorância de quem os alimenta. Perdeu--se o lado humano da vida e admitiu-se como fundamental e regra o número a estatística, a futilidade vaporosa que oculta a verdadeira natureza das coisas.
"A época é de charneira", disse um preopinante de voz grossa e escrita fininha. Um outro, que usa como pseudónimo o patronímico de um português ilustre, proclamou, impávido porque se julga impune, que nada devemos aos capitães de Abril. Claro que são criaturas obnubiladas pelo verdete de se saberem inseguras, fragilizadas pela consciência da sua pessoal menoridade. Mas o mal que têm feito é persistente e cria raízes. O "pensamento" de direita deixou de o ser para se substituir pela inconsistência do oportunismo e da insignificância. É impressionante assistir-se à reescrita da história e à desfaçatez de quem se transformou num democrata instantâneo como o pudim flan, depois de ter sido o que quer que seja de repugnante. A selecção natural do talento, da decência e da honra deixou de exercer o seu império. E a chusma de medíocres alcançou carta de alforria na política, no jornalismo, na literatura, nas ciências sociais. Sem antagonistas, ou porque estes não o querem ser ou por receio de represálias.
Bem desejaria que estes problemas e outros semelhantes, eriçados no nosso país, fossem discutidos entre os candidatos. Não me parece que tal seja possível. Apenas um modesto exemplo: que diferença há entre o Paulo Rangel e o Francisco Assis?, ambos a tocar no mesmo pífaro. Rangel é de direita, e não o esconde. Assis é da ala mais conservadora do PS, e também não faz questão de o dissimular. Foram escolhidos pelas direcções dos seus partidos, e não é preciso acreditar em Deus para se descortinar o porquê das preferências.
Apesar de tudo, chega ser imperioso que votemos. Votemos naqueles que mereçam o favor da nossa consciência e a imposição moral das nossas pessoais opções."
(O texto de Baptista Bastos, publicado ontem no DN, chegou via Ruben Menezes no Facebook

terça-feira, 13 de maio de 2014

"A Lancheira" - Retratos da Alma Escondida da Índia...

"A Lancheira" é um filme indiano, realizado por Ritesh Batra, justamente premiado no Festival de Cannes e actualmente em exibição no nosso país. Os protagonistas, interpretados por Irrfan Khan, Lillete Dubey, Nawazuddin Siddiqui, Nimrat Kaur, dão vida a uma história tão simples que impressiona quem conhece a complexa, sofisticada e trágica realidade da Índia... talvez por denotar o que de mais secreto e inacessível se esconde na alma de cada um: o sonho e o desejo de mudança.

sábado, 10 de maio de 2014

Harmonia...


... se uma imagem vale mais que mil palavras, não vale a pena acrescentar nada... se a palavra consegue enriquecer a imagem então, sugiro que dela se retire a certeza da paz, da coexistência pacífica para além de toda a diferença e da empatia da bondade assente na pureza da alma e da confiança...  

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Contra a Escravatura, a Violação e o Rapto das Crianças!


... a este propósito, registe-se que, amanhã, em Lisboa, a partir das 17h, dos Restauradores ao Rossio, está marcada uma Marcha de Sensibilização onde todos fazem falta para dar rosto público à solidariedade requerida por esta causa!
 

domingo, 4 de maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Bom dia...


...com tanta alegria dentro que seja inequívoco o seu transbordar do coração, pelo sorriso dos olhos e a intensidade dos gestos :)



quinta-feira, 1 de maio de 2014

1º de Maio - Dia do Trabalhador...


... 1º de Maio... Dia do Trabalhador!... Um marco na História da Luta pela Liberdade e a Dignidade contra a Servidão a que é sujeito quem Trabalha... infelizmente, no nosso país mas, também, por muita desta Europa, são cada vez menos os que têm trabalho e é grosseira e assustadoramente, cada vez maior, o número de desempregados!... Por isso, face à necessidade da renovação social e política que temos que exigir, assinalo o 1º de Maio de 2014, evocando o 25 de Abril de 1974 e recordando a celebração do seu 40º aniversário... através de um gesto simbólico que é e foi, acima de tudo!, um apelo à resistência e à Esperança!...

Ver ... e Aprender...